quinta-feira, janeiro 22, 2009

O NOVO OLHAR tem 4 anos!

Há 4 anos nasceu um novo olhar por Cabril.

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quarta-feira, abril 25, 2007


sábado, janeiro 28, 2006

Presidenciais 2006

CABRIL

Cavaco Silva : 152
Mario Soares : 84
Manuel Alegre :38
Jeronimo de Sousa :8
Francisco Louçã :8
Garcia Pereira :1

brancos :0
nulos :2

votantes :293
eleitores :518

quinta-feira, outubro 27, 2005

NOVO OLHAR alcança mais de 1400 visitas!

Queremos agradecer a todas as pessoas que colaboram com este projecto,atingimos mais de 1400 visitas de cibernautas ao nosso blog.
Queremos tambem agradecer a todos os participantes deste blog pelo contributo que prestaram ao debate de ideas sobre Cabril.
Obrigado a todos!

sábado, agosto 20, 2005

O caso de negligencia dos bombeiros em Pereiró no Jornal do Centro

«População atribui culpas aos bombeiros de Castro Daire.
Aldeia de Pereiró devastada pelas chamas.

No dia 4 de Agosto, um incêndio na aldeia de Pereiró, concelho de Castro Daire, destruiu nove casas. A população acusa os bombeiros de terem abandonado o local nas horas mais críticas.

Texto: Cristina Carvalho e Elsa Pereira

Cinzas e destruição. Um cenário negro e devastador. As chamas consumiram a aldeia de Pereiró, situada na encosta da serra de Montemuro, freguesia de Cabril, concelho de Castro Daire. Das 17 casas que existem na aldeia, arderam nove, as quais pertenciam a indivíduos que só as habitavam durante os fins-de-semana ou nas férias. Os quatro únicos habitantes conseguiram salvar as suas residências com a ajuda de pessoas das aldeias vizinhas.
O fogo deflagrou em Ameixiosa, São Pedro do Sul, no dia 3, e alastrou-se pela serra de S. Macário. De acordo com um dos habitantes de Pereiró, Artur de Jesus Correia, \"durante a noite, o fogo parecia um inferno, as chamas eram muito altas\". A aldeia foi atingida pelo incêndio no dia seguinte. \"Os amieiros que estavam junto ao rio não deixaram passar o fogo para cá, senão tinha ardido tudo logo na quarta-feira (dia 3)\" - explica Artur de Jesus Correia.
Os bombeiros de Castro Daire foram fortemente acusados pela população local. \"Os bombeiros não ajudaram em nada. Abandonaram-nos às dez da manhã e só regressaram às duas da tarde, para posar para a fotografia da SIC\", afirma Artur Correia, salientando que \"nem traziam água\".
O morador reforça que \"a culpa foi exclusivamente dos bombeiros e do comandante\". \"Ainda por cima gozou, a dizer que os portugueses percebem de futebol e de apagar incêndios\" - aviva.
Inconformados com a actuação dos bombeiros, a população viu-se obrigada a usar os seus próprios meios para evitar que as chamas consumissem as suas casas. \"Se nós não tivéssemos ajudado, ardia tudo\" - salienta Artur Correia. \"Andei na guerra, mas nunca me cansei tanto como naquele dia\" - completa. \"Andava aí um senhor da protecção civil que ainda perguntou se eu queria que ele pegasse na mangueira. Eu queria era que ele chamasse os bombeiros!\" - exprime.
No dia anterior ao incêndio, Artur Correia recebeu um telefonema de um amigo que está a morar em Lisboa que lhe confessou o desejo de regressar à aldeia de Pereiró: \"Ele fazia conta de vir para aqui morar daqui a três anos, mas ficou sem nada, a casa dele ardeu toda\".
A propósito do fogo ter chegado muito rapidamente às casas, Artur Correia afirma que \"os pinhais estavam todos limpos\". \"Mas não conseguimos salvar nada\". Como a aldeia está situada no fundo de um vale, os habitantes temem o perigo das derrocadas. Artur Correia conclui que \"o pior está para vir\" e salienta que \"às primeiras chuvas as pedras e a terra que ficaram soltas vão desabar\". A falta de vegetação com que as serras se deparam, faz com que a população se sinta sem segurança.
Alguns habitantes referiram que a aldeia de Pereiró já tinha sido alvo de um incêndio há mais de 15 anos, mas na altura as chamas não chegaram às casas. Maria Resende Duarte Barbosa diz que, na noite de quarta para quinta-feira, não dormiu: \"Fiquei à porta a ver o fogo\". Segundo Maria Barbosa, \"a sorte foi que não estava ninguém nas casas que arderam\" e exprime que \"foi um instante enquanto o fogo queimou tudo\". Apesar do cenário desolador, Maria Barbosa olha para as cinzas e diz: \"Queimou-se tudo, mas não nos queimámos a nós, é o que importa\". A idosa salienta: \"Arderam oliveiras, mas elas voltam a rebentar\".
Os habitantes de Pereiró esperam agora ser ajudados pela Câmara Municipal. \"Duvido muito que isso aconteça\" - exprime Artur Correia.
Câmara Municipal de Castro Daire afirma que foram utilizados todos os meios possíveis
O vereador do ambiente, José Manuel Ferreira, esteve em Pereiró durante o incêndio e afirma que foram usados todos os meios possíveis para defender a aldeia das chamas. \"Nós fizemos tudo o que pudemos, os bombeiros e a GNR também\". Apesar de ter sido activado o plano municipal de emergência em Castro Daire e em São Pedro do Sul, \"os meios não chegaram para evitar que o pior acontecesse\".
A população critica a corporação, mas o vereador defende os bombeiros. José Manuel Ferreira esclarece que a demora destes deveu-se ao facto de, à mesma hora, outras corporações também estarem a abastecer.
Os principais obstáculos no combate às chamas foram a falta de acessos e os ventos fortes. O vereador refere que \"foi uma situação bastante complicada\" e explica que \"era impossível passar um autotanque, para abastecer as viaturas pequenas e o helicóptero\". Devido aos maus acessos só foram utilizadas viaturas com pouca capacidade.
Questionado acerca do apoio aos cidadãos de Pereiró, José Manuel Ferreira garantiu que existem dois gabinetes de apoio: \"Um de apoio social, que consiste num programa habitacional, para quem tiver dificuldades financeiras e um gabinete técnico-florestal, para acompanhamento e informação\".
Quanto ao perigo das derrocadas, o vereador defende que \"cabe à população local deitar abaixo o que está prestes a cair\".»

publicado em: http://www.jornaldocentro.pt/ ediçao 178/12-08-2005